Corporate Venture: a evolução no Brasil - Neo Ventures

Corporate Venture: a evolução no Brasil

Na pandemia uma coisa se tornou certa, as empresas estão atrás de um ativo essencial para enfrentar os atuais tempos adversos: boas ideias. É cada vez maior a aproximação com o ecossistema de startups em busca dos talentos com alto potencial inovador. As empresas têm feito aportes com quantias cada vez mais altas em investimento corporativo em negócios de tecnologia, mercado conhecido pelo jargão “corporate venture capital”, ou CVC.

É um tipo de aporte diferente do venture capital tradicional, o chamado VC, uma vez que envolve executivos de grandes empresas interessados em adquirir startups para adotar as soluções delas nos próprios negócios (o VC tradicional costuma ser conduzido por gestores de investimentos sem ligação com as empresas).

No CVC, a busca é por ideias com potencial de transformação de um negócio estabelecido.

O objetivo das empresas que investem em CVC não é apenas financeiro, como estratégico. Uma das metas é encontrar empreendedores a par do que existe de mais avançado em tecnologias específicas que se tornem soluções para problemas internos das empresas.

O investimento em startups por fundos vem ganhando espaço no mundo. Em cinco anos, a soma dos cheques assinados por grandes corporações triplicou ­— no dado mais recente, de 2019, mais de 57 bilhões de dólares foram gastos dessa maneira, segundo a consultoria CB Insights.

Até pouco tempo um tipo de aporte marginal no ecossistema empreendedor, o CVC hoje responde por praticamente 25% dos recursos globais destinados a startups.

No Brasil, os valores aportados em corporate venture subiram drasticamente nos últimos anos e dão sinais de ter ganhado força com a pandemia. De pouco menos de 1 milhão de dólares em 2016, o setor movimentou 158 milhões de dólares três anos mais tarde. O salto foi puxado por grandes bancos, operadoras de telefonia e algumas varejistas. Em 2019, o banco BV e outros investidores colocaram 95 milhões de dólares na fintech Neon.

De janeiro a setembro do ano passado, grandes empresas despejaram 79 milhões de dólares em startups brasileiras. Sete em cada dez empresas de médio e grande porte aumentaram o interesse em investir em startups ao longo de 2020, segundo uma pesquisa da associação de investidores BR Angels.

Mesmo empresas de menor porte estão dispostas a colocar recursos em negócios de tecnologia. Numa pesquisa da consultoria Deloitte com 365 empreendedores de negócios com receita anual de até 100 milhões de reais, 46% disseram estar de olho em parcerias com startups em 2021. A
medida só perde para o treinamento de pessoal e para o lançamento de produtos entre as prioridades de 2021.

Qual o interesse maior das grandes empresas com as ideias das start­ups?

Um dos principais motivos está na chance de acessar em primeira mão as tecnologias disruptivas criadas por jovens empreendedores. Outro motivo por trás da expansão do corporate venture é a possibilidade de colocar gente de fora do negócio para quebrar a cabeça em busca de jeitos inovadores de entregar os produtos ou serviços das grandes corporações — e que, até então, não haviam sido mapeados pelos próprios funcionários.

Para além disso, o investimento numa startup em troca das boas ideias que ela pode gerar é uma chance de a grande empresa espalhar suas estratégias de negócios para fora de seus muros.

Você deve estar se perguntando: Qual o papel da Neo Ventures dentro desse jogo?

A Neo Ventures é uma aceleradora corporativa que executa e desenvolve projetos de inovação para empresas, governos e instituições, cujos representantes acreditam que as parcerias com startups e centros de tecnologia são diferenciais competitivos para a sobrevivência e transformação de seus processos.
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As empresas parceiras lançam propostas de desafios para serem solucionados por startups nos ciclos dos programas de inovação.
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Se você tem algum projeto desenvolvido ou em desenvolvimento, venha conhecer nossos programas de inovação e fazer parte do nosso ecossistema.

Venha saber também um pouco mais sobre porque é tão importante a aproximação de grandes empresas com startups.

Publicado em 18 de fevereiro de 2021
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