Tendências de Inovação para 2022 - Neo Ventures

Tendências de Inovação para 2022

Com o impulsionamento da transformação digital desde o início da pandemia de Covid-19, trouxe a necessidade de acelerar e modernizar as empresas mudando para sempre como os negócios observam, analisam e incorporam novas ferramentas e tendências tecnológicas.

Por inovação tecnológica entendemos qualquer novidade que apareça no mercado para melhorar o uso das máquinas, o desempenho dos colaboradores, os produtos e a eficiência dos serviços para garantir uma melhor experiência para o consumidor e melhores resultados para uma organização. Todo mundo quer sair na frente da concorrência, implementando inovações e soluções que podem fazer a diferença para os negócios nos mais diversos setores, seja em atendimento ao cliente, gestão financeira, RH, TI, marketing ou vendas.

Resta às organizações desenvolver seus próprios métodos para acompanhar o ritmo frenético das mudanças tecnológicas. Todas as equipes, não somente as de TI, precisam estar capacitadas para enfrentar os desafios e modificar o cenário atual, porque a realidade mostra que as inovações ainda chegam mais rápido do que a maioria das empresas conseguem acompanhar.

De acordo com a pesquisa da International Data Corporation (IDC), o investimento em transformação digital ainda está crescendo com uma taxa anual de 15,5% até 2023 e deve se aproximar de US$ 6,8 trilhões. 

Em 2022, 70% de todas as empresas terão acelerado o uso de tecnologias digitais.

Mas engana-se quem pensa que a tecnologia está no centro de todas as ações. Na verdade, os recursos digitais auxiliam a colocar as pessoas como o verdadeiro foco dos negócios. 

Inclusive, a centralidade nas pessoas é outra grande tendência apontada para 2022 – e que deve perdurar. Oferecer uma experiência global para colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes é, hoje, um dos principais diferenciais de uma companhia.

Trata-se, sem dúvidas, de um enorme desafio, e que está intrinsecamente ligado à inovação. 

A internet das coisas (IoT) e a Internet do Comportamento (IoB) 

O avanço das tecnologias, principalmente da Internet das Coisas (IoT), onde temos o entorno a nossa volta conectado, um volume bastante grande dados tem sido gerado. De acordo com as tendências do Gartner, a internet das coisas estará presente em 95% dos eletrônicos. Tanto que o interesse e a demanda por produtos habilitados para a combinação de gerenciamento, controle e monitoramento crescerão rapidamente. Por isso, a dica é para que todo o fornecedor, no mínimo, faça planos para implementar a IoT em seus produtos.

A Internet do Comportamento (IoB), tradução de Internet of Behaviour, foi considerada por um estudo do Gartner como uma das tendências tecnológicas mais relevantes a partir de 2021. Inclusive, a consultoria prevê que, em 2023, as atividades individuais de 40% da população global sejam rastreadas digitalmente para influenciar o comportamento humano. 

Diferente da IoT, a IoB está interessada em subsidiar a análise de outro elemento: o comportamento. Enquanto a IoT trabalha na conexão de dispositivos, a IoB capta a ação das pessoas para, com base em análises de dados, gerar soluções para influenciar o comportamento. Um exemplo simples do uso da IoB está na plataforma de streaming Netflix, que sugere conteúdo relevante para o usuário baseado em suas escolhas anteriores. 

Essa “poeira digital da vida diária”, como define a própria consultoria, vem sendo utilizada não apenas para analisar o comportamento, mas em estimular variáveis psicológicas para influenciar um determinado resultado.

Inteligência Artificial - Inteligência em todos lugares 

De acordo com a Bain & Company, outra grande tendência é a IA de ponta. Com a próxima onda de inteligência artificial, a IDC prevê que os gastos globais com IA vão dobrar em quatro anos, chegando a US$ 110 bilhões em 2024. Além disso, a própria consultoria vê a ‘inteligência em todos os lugares’ como um dos principais impulsionadores de tecnologia nos próximos anos.

Segundo a previsão, até 2023, um quarto das empresas adquirirá pelo menos um projeto de software de IA e suas vertentes, como machine learning e deep learning. Vale destacar que o machine learning permite o aprendizado contínuo dos robôs a partir do recebimento de dados estruturados e não estruturados.

As Plataformas Conversacionais de Inteligência Artificial fazem parte do núcleo da tecnologia de transformação digital e têm testemunhado um forte aumento na demanda e adoção pós-pandêmica.

Downgrading - onde o menos é mais 

Outro tema que deve permanecer em alta até 2025 é a simplicidade existente por trás de processos, produtos e serviços. Cada vez mais, a premissa do “menos é mais” deve estar em evidência. De acordo com Trevisani, parte da população já está saturada com o excesso de novidades e, então, opta por versões mais básicas de serviços e produtos. “É a simplicidade como prioridade”, enfatiza.

Portanto, devemos acompanhar nos próximos anos as marcas escolhendo pelo efetivo sem complicações, oferecendo para o mercado soluções muito práticas, mas não menos tecnológicas. 

Hiperautomação 

A hiperautomação será uma das tendências tecnológicas que marcará a próxima década. O conceito, que vai além de mecanizar as tarefas manuais repetitivas realizadas pelas pessoas, se refere à automação de qualquer processo empresarial utilizando uma combinação de RPA (Automação de Processos Robóticos) e outras tecnologias avançadas como inteligência artificial e machine learning. 

A tendência é de que, em 2022, 45% das tarefas de trabalho repetitivas em grandes empresas serão automatizadas, segundo a IDC. Com essa hiperautomação, é possível eliminar trabalhos burocráticos e manuais, minimizar erros e retrabalhos, ganhar tempo e aumentar a produtividade da equipe.

Ou seja, uma companhia é feita de pessoas, que precisam de processos eficientes e digitalizados para executar suas tarefas no ambiente atual.

Não por menos, isso também tem uma relação direta com outra tendência que, ao que indicam muitas pesquisas, veio para ficar: o location independence. 

Location Independence - o anywhere office 

Atuar a partir de qualquer local, com ferramentas e soluções adequadas, teve um impacto bastante positivo para diversas empresas durante a pandemia. Houve um grande índice de profissionais satisfeitos, o que melhorou os níveis de produtividade e ajudou a reduzir custos.  Mas para grande parte do mercado, o período de adaptação ainda não terminou, pois continuamos a aprender a nos organizarmos e, gerir o tempo por meio de ferramentas para que o trabalho em casa seja o mais produtivo possível. Neste ponto, a tecnologia tem um papel fundamental para oferecer recursos auxiliares para suprir as principais dores da ausência física. Entre as principais soluções de tecnologia devem estar os softwares de segurança de dados, de videoconferência, chats, gerenciamento de produtividade, ponto digital e outras, que estão em plena ascensão.

Inteligência contínua 

Por isso, assuntos como Segurança do Trabalho e Mudanças de Cultura Interna têm sido pauta entre gestores e líderes. O foco é tornar a dinâmica laboral muito mais produtiva mesmo no ambiente residencial, garantindo a saúde e o bem-estar do colaborador.

Para 2022, segundo um relatório divulgado pela IEEE Computer Society, quem investir em tecnologia de ponta conseguirá acrescentar uma “inteligência contínua” ao negócio. E dentro desse universo, segundo o estudo, estará uma rede também contínua, que permitirá o uso de diferentes dispositivos, sistemas e plataformas de modo eficiente, sem interrupções. 

Isso é possível, principalmente, a partir de uma infraestrutura de conectividade robusta. Dessa forma, as comunicações poderão ser executadas de modo flexível e independente.

Aumento de bots e chatbots

Os investimentos de mais da metade das organizações em aplicativos tradicionais para dispositivos móveis deve cair em 2021. Isso porque as empresas passarão a investir ainda mais em bots e chatbots. Essa tecnologia é hoje o cartão de visitas da Inteligência Artificial – e afetará todas as áreas de comunicação. Entre as vantagens dos bots está a possibilidade de aumentar o engajamento do colaborador ou do cliente. Por exemplo, automatizando as tarefas rapidamente e liberando profissionais para trabalhos não padronizados.

Negócios inteligentes

Adaptação e resiliência foram as palavras-chave das empresas que sobreviveram e/ou ganharam tração ao longo de 2020. E apostar em negócios inteligentes que tragam como marca a capacidade de reorganização diante de cenários desafiadores é uma das tendências de Inovação Tecnológica.

Visando acompanhar as mudanças, a empresa deve ter uma operação ágil, com uma liderança antenada ao mercado e à própria realidade para a tomada rápida. Isso pode ser feito valendo-se de dados disponíveis em sistemas inteligentes de gerenciamento. Essa é uma proposta de um negócio inteligente.

Nesse modelo de atuação, as associações são pautadas em garantir o acesso fácil e simplificado às informações, bem como em responder rapidamente com a ação de ação à possível contingência de crises.

São tempos desafiadores para o Empreendedorismo, que exigem mudanças rápidas e adaptações constantes dentro de um negócio. Por isso, é essencial acompanhar as tendências de Inovação Tecnológica como uma bússola objetivando encontrar soluções para o futuro das empresas.

Segurança e Privacidade 

Na mesma toada, outra tendência tecnológica em que devemos estar de olho é, na verdade, uma necessidade. A imensidão de dados trocados no ambiente virtual faz do investimento em segurança um importante passo para proteger informações sigilosas e evitar grandes prejuízos. 

Ou seja, softwares voltados à segurança continuarão em alta. Aliás, serão cada vez mais decisivos para blindar as companhias.

Esta é uma das tendências já apontadas nos últimos anos e que se repete conforme as discussões sobre privacidade e proteção de dados ganham mais força, ao mesmo tempo em que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige conformidade com a lei. 

Portanto, se a empresa atua no mundo online, é fundamental não só garantir a segurança dos dados e a privacidade dos usuários, como desenvolver a maturação digital e promover maior transparência quanto à utilização das informações coletadas.

A transformação digital, o boom do e-commerce e das transações na internet impulsionaram a necessidade de investimento em segurança cibernética. São milhões de informações relevantes que circulam no universo virtual. Por isso, proteger a malha de dados e garantir a privacidade organizacional é indispensável para manter o negócio escalável e confiável.

Com o trabalho home office e a abertura de novos pontos de acesso a dados sensíveis de uma empresa, essa é uma das tendências de Inovação Tecnológica que devem impactar o mercado como forma de evitar e combater ataques cibernéticos.

O próximo ano provavelmente marcará também a consolidação de algo que vimos crescer exponencialmente nos últimos meses: o Cloud Computing.

Mais do que nunca, as cargas de trabalho estarão abarcadas em um ambiente totalmente virtual, flexível e escalável.

Os Servidores em Cloud – ou em nuvem – são um dos mais importantes pilares do trabalho remoto, pois são eles que garantem que os dados e infraestrutura sejam armazenados de forma online, permitindo que os colaboradores das empresas consigam acessar os arquivos de qualquer lugar do mundo. Embora seja muito utilizado no universo corporativo, também requer melhorias e ajustes. Entre as principais tendências para o próximo ano está o aprimoramento constante desse tipo de tecnologia,

Estratégia de autointerrupção

Segundo o Gartner, cinco dos sete principais gigantes digitais irão se autodestruir intencionalmente até 2020. Dessa forma, empresas como Alibaba, Amazon, Apple, Baidu, Facebook, Google, Microsoft e Tencent criarão suas próximas oportunidades de liderança.

Ao fazer coisas novas, os gigantes digitais, provavelmente irão encontrar situações em que suas influências tenham crescido tanto que é difícil criar novos cenários de valor. Isso, em última análise, leva a uma autodestruição. Em uma estratégia de autointerrupção, a mudança surge como intenção proposital de chegar primeiro, mesmo que seja necessário destruir-se. Embora isso possa ser arriscado, o risco de estagnação pode ser ainda maior.

Com grande interesse pela sequência e aceleração da inovação, os líderes no espaço digital buscam continuamente novas oportunidades.

O ano de 2022, também segundo a IEEE Computer Society, ainda será permeado por diversas outras tecnologias, como aprendizado de máquina, visão computacional e reconhecimento de padrões, impressão 3D, biologia computacional e bioinformática, nanotecnologia e ciências da vida, entre outros.

Estaremos preparados para tudo isso? Uma coisa é certa: já entendemos e reconhecemos a importância da inovação tecnológica em nossas vidas, no nosso trabalho. E isso foi uma base importante para nos prepararmos para este mundo cada vez mais conectado. 

Agora, cada empresa precisa fazer a sua parte, se cercando de todas as ferramentas necessárias para acompanhar tais tendências em tecnologia.

Vimos o quanto essa maturidade digital foi importante para que seguíssemos em frente, sobretudo durante os primeiros meses de pandemia. Agora, precisamos nos atualizar sempre para estarmos prontos para todas as novas etapas que virão. 

 

Publicado em 13 de outubro de 2021
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